sexta-feira, 23 de março de 2012

É domingo, acordo cedo, vou ao aeroporto. Destino: metro até a estação do Norte, em seguida, o trem estrangeiro até terminal 2E. Dentro do trem, ouço tudo, menos francês. Malas cheias, máquinas não mais penduradas no pescoço, os estrangeiros olham com preocupação o destino do trem. Chego no desembarque, plaquinhas no ar, olhares de saudade. Uma mala no meio do caminho, sem dono, suspeita. "Evacuem" gritava a polícia. Não temo mais, é comum. Eu conversava com o alemão que falava francês. Sotaque exótico. Pensei em Hitler e na mala-bomba. Liberam a passagem. vejo a mala inspecionada cheia de panos talvez vindos do Marrocos. A mala guardava um colorido que invejava Paris. Alarme falso, passageiros inquietos. Vejo de longe, alguém da família. É ele! Reação inesperada e lágrimas que embaçavam os olhos.

09/09/08

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