sexta-feira, 23 de março de 2012

Ele entrou no metrô e gritou palavras sem medida. Eu, sentada no banco, tremi. Tive medo de ser violentada. Temia minha vida. Uma fúria sem explicação violentou o banco atrás de mim. Eu não quis olhar, mas escutava o barulho da cólera. Tento descer na próxima estação, ele também. Antes que as portas fechassem na estação errada, eu entrei de novo. Ele não. No caminho pra casa, sentia vontade de chorar, pois me via sozinha, sem proteçao. Para diminuir o medo, eu corria para chegar mais rápido no meu abrigo precário onde me tinha segura. No fundo eu queria entender aquela fúria, aquele rapaz e mais nada hoje, Mas talvez é para ser assim, sem explicação, pois fica mais acertado.

30/08/08

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